quinta-feira, 12 de junho de 2008

O SONHO BRASILEIRO

A imigração estrangeira para o Brasil já passou por vários estágios. Para os que pensam que isso é um fenômeno recente, estão muito enganados. O início da imigração para o nosso país é datado do ano de 1530, quando teve início um sistema mais organizado de ocupação e exploração da terra. Esse movimento de colonização contribuiu de forma determinante para a formação da sociedade brasileira atual, um povo miscigenado. Tudo começou com a imigração dos portugueses, nossos colonizadores que foram atraídos entre outras coisas, pela terra fértil, pelo clima e pelas minas de ouro.
Outros imigrantes que contribuíram para a formação da nossa sociedade foram os negros africanos. Não possuímos números precisos sobre a vinda dos escravos para o Brasil, mas acredita-se que foram cerca de cinco a seis milhões. Eles foram espalhados por todo o território brasileiro, contribuindo também para a miscigenação e para nossa cultura.
A imigração propriamente dita começou no século XIX, as vésperas de nossa independência, quando houve um aumento do fluxo de imigrantes. A imigração no Brasil pode ser notada principalmente nas regiões brasileiras mais desenvolvidas, como o Sul e o Sudeste.
Muitas cidades brasileiras são conhecidas atualmente devido à influência da imigração. Algumas delas são: Holambra em São Paulo influenciada pelos holandeses e Blumenau em Santa Catarina, colônia alemã. O estado de São Paulo também atraiu os mais diversos tipos de imigrantes, dentre eles se destacaram os italianos e japoneses esses que, aliás, comemoram este ano o centenário de sua imigração. A estimativa é de que vivam em torno de um milhão de japoneses e descendentes somente no estado de São Paulo, dados do próprio governo paulista.
O processo imigratório contribuiu para a formação de nossa cultura. Muitos de nossos costumes atuais têm origem em tradições de nossos imigrantes. Entre as diversas influências que foram incorporadas em nosso país estão seus costumes, sua maneira de viver, alimentação, danças, as técnicas agrícolas, a música, suas crenças, o esporte, artes, artesanato, literatura, vestuários, arquitetura e experiências com o comércio e a indústria.
No dia 25 de junho é comemorado o Dia do Imigrante. São vários os motivos pelos quais uma pessoa abandona sua terra natal decidida a enfrentar uma nova “vida” em um país diferente. Pode ser a busca por qualidade de vida, sucesso, formação profissional, entre outros.
Um fenômeno comum de imigração presente no Brasil é representado pelos estrangeiros de classe média, especializados provenientes de países desenvolvidos, como Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França e Espanha. São executivos, empresários, técnicos e funcionários de empresas multinacionais. Normalmente, alguns vêem como trabalhadores temporários para modernizar e implantar os padrões das matrizes nas filiais brasileiras. Alguns exemplos de multinacionais em nosso país são: a fábrica de carros franceses Peugeot, a farmacêutica americana Schering- Plough, a fábrica inglesa de alimentos e produtos de higiene pessoal Unilever, entre outras.
Mas nesse processo também há o lado negativo. De acordo com dados da Polícia Federal, 600 mil imigrantes ilegais vivem no país. A estimativa da Polícia Federal é que 180 mil sejam registrados.
Estamos acostumados a escutar esse tipo de história, nos casos de brasileiros entrando em países desenvolvidos. Em alguns casos de maneira ilegal. Os Estados Unidos, apesar da crise econômica, ainda é um dos principais destinos de brasileiros no exterior.
Mas o fluxo contrário também existe. Os clandestinos buscam no Brasil oportunidades melhores de vida e a chance de enviar recursos para seus países de origem. Alguns se submetem a longas jornadas de trabalho e outros por falta de opções e também por preconceito acabam sendo obrigados a encarar o mercado informal. Muitos deles acabam virando vendedor ambulante. Nosso país possui uma grande dimensão territorial, e faz fronteiras com diversos países.(http://maps.google.com.br/). Esses fatores dificultam a fiscalização e facilitam a entrada dos ilegais em nosso território.
Alguns casos são bem sucedidos como o de Elísio Menito, conhecido como Angolano. Ele que atualmente trabalha em um restaurante na zona sul do Rio de Janeiro. Outro exemplo é o do chinês Wangyuan Lin, que já trabalhou em uma pastelaria e hoje aposta em uma loja para artigos de festas. Esse tipo de negócio legalizado contribui para economia do país, gerando arrecadação de impostos e empregos.

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